sábado, 9 de abril de 2016

Um diálogo sobre o papel do psicólogo nos Cuidados Paliativos

Carlos Irlando Moreira
Fortaleza-CE

Rebeca Cavalcante Fontgalland
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE

Neyliane Sales Chaves Onofre
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE

Bruna Luiza Viana Tavares
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE



Resumo: O presente trabalho, que consiste em um recorte de uma pesquisa em andamento sobre cuidados paliativos e humanização, visa apresentar um diálogo sobre o papel do psicólogo nos cuidados paliativos, mostrando a relevância dessa prática na promoção da qualidade de vida, minimizando o sofrimento de pacientes que não respondem mais ao tratamento curativo. Os Cuidados Paliativos originaram-se na década de 1960, no Reino Unido, e o marco desse momento foi a criação do St. Christhoper Hospice (Londres). A criação desse espaço visava ofertar aos pacientes, familiares e amigos uma assistência mais humanizada no período que antecedia a morte. Paliativo vem do latim Pallium, significando manto que cobre para proteção. Na época das cruzadas usava-se um pallium (coberta) para proteção das intempéries do caminho. Daí vem a analogia do termo. A perspectiva de uma visão voltada para o cuidado integral aos pacientes vem para modificar, de certa forma, a visão soberana do olhar biológico. Rompe-se aqui com a lógica cartesiana da separação da mente e do corpo, pois é impossível vermos o corpo separado da mente, uma vez que ambos se constituem mutuamente e estão entranhados no mundo, fazendo parte dele e vice-versa. Por isso, passa-se a ter uma visão de sujeito biopsicossocial, já que ele está sempre em relação com todos os fatores que o rodeiam. Esses fatores afetam a vida do sujeito de maneira integral, e a doença atinge as dimensões do ser, tanto do paciente quanto da sua rede social (amigos e familiares). Nos cuidados paliativos há uma necessidade de um tratamento mais complexo, mais cuidadoso, não no sentido medicamentoso ou tecnológico, mas sim na atenção da equipe de saúde trabalhando de forma multidisciplinar. Para entendermos melhor, a Organização Mundial de Saúde definiu cuidados paliativos como sendo um cuidado ativo aos pacientes que não respondem mais ao tratamento curativo, objetivando a qualidade de vida. Como o Cuidado Paliativo é uma prática multiprofissional, o psicólogo também faz parte desse processo e deve estar capacitado para identificar as necessidades que se apresentam e saber utilizar os recursos e técnicas adequados a cada situação, levando em consideração os princípios éticos e os fatores que permeiam a vida do sujeito, durante o diagnóstico e o tratamento paliativo. Ao psicólogo cabe a tarefa de entender e compreender a queixa do paciente, observando o que está envolvido nela e ajudá-lo a enfrentar as dificuldades relacionadas à doença, principalmente, o sofrimento psíquico. Além disso, o psicólogo deve dar apoio à família e trabalhar junto à equipe de saúde a fim de encontrarem estratégias para dar um suporte adequado ao paciente no que concerne a dor e ao sofrimento diante da morte e a melhor maneira de passar por esse momento. O psicólogo observa e ouve as palavras e o próprio silêncio do paciente e da família, ajudando-os, a partir disso, a confrontar a doença e superar as crises relacionadas à morte. Isso consiste em ter uma atenção integral e um vínculo de confiança entre paciente e psicólogo, proporcionando uma reorganização do vivenciar da doença, utilizando-se de meios que possam fortalecer o paciente no processo de seu tratamento, tornando-o participativo. Contata-se, portanto, que o papel do psicólogo é fundamental no sentido de dar assistência ao paciente, visando a qualidade de vida e às estratégias de enfrentamento que possam amenizar o sofrimento ou que fortaleçam o sujeito a ter uma vida mais adaptada e equilibrada.

*Palavras-chaves: cuidados paliativos, papel do psicólogo, qualidade de vida.

FONTE: Trabalho apresentado na   VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil - FANOR
Fortaleza/Ceará
Data: 04/05/2015
Local: Fanor DeVry Brasil

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