Carlos Irlando Moreira
Fortaleza-CE
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Rebeca Cavalcante Fontgalland
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE
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Neyliane Sales Chaves Onofre
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE
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Bruna Luiza Viana Tavares
Fanor DeVry Brasil – Fortaleza-CE
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Resumo: O presente trabalho, que consiste em um recorte de uma
pesquisa em andamento sobre cuidados paliativos e humanização, visa apresentar
um diálogo sobre o papel do psicólogo nos cuidados paliativos, mostrando a
relevância dessa prática na promoção da qualidade de vida, minimizando o
sofrimento de pacientes que não respondem mais ao tratamento curativo. Os
Cuidados Paliativos originaram-se na década de 1960, no Reino Unido, e o marco
desse momento foi a criação do St. Christhoper Hospice (Londres). A criação
desse espaço visava ofertar aos pacientes, familiares e amigos uma assistência
mais humanizada no período que antecedia a morte. Paliativo vem do latim Pallium, significando manto que cobre
para proteção. Na época das cruzadas usava-se um pallium (coberta) para
proteção das intempéries do caminho. Daí vem a analogia do termo. A perspectiva
de uma visão voltada para o cuidado integral aos pacientes vem para modificar,
de certa forma, a visão soberana do olhar biológico. Rompe-se aqui com a lógica
cartesiana da separação da mente e do corpo, pois é impossível vermos o corpo
separado da mente, uma vez que ambos se constituem mutuamente e estão
entranhados no mundo, fazendo parte dele e vice-versa. Por isso, passa-se a ter
uma visão de sujeito biopsicossocial, já que ele está sempre em relação com
todos os fatores que o rodeiam. Esses fatores afetam a vida do sujeito de
maneira integral, e a doença atinge as dimensões do ser, tanto do paciente
quanto da sua rede social (amigos e familiares). Nos cuidados paliativos há uma
necessidade de um tratamento mais complexo, mais cuidadoso, não no sentido
medicamentoso ou tecnológico, mas sim na atenção da equipe de saúde trabalhando
de forma multidisciplinar. Para entendermos melhor, a Organização Mundial de
Saúde definiu cuidados paliativos como sendo um cuidado ativo aos pacientes que
não respondem mais ao tratamento curativo, objetivando a qualidade de vida.
Como o Cuidado Paliativo é uma prática multiprofissional, o psicólogo também
faz parte desse processo e deve estar capacitado para identificar as
necessidades que se apresentam e saber utilizar os recursos e técnicas
adequados a cada situação, levando em consideração os princípios éticos e os
fatores que permeiam a vida do sujeito, durante o diagnóstico e o tratamento
paliativo. Ao psicólogo cabe a tarefa de entender e compreender a queixa do
paciente, observando o que está envolvido nela e ajudá-lo a enfrentar as dificuldades
relacionadas à doença, principalmente, o sofrimento psíquico. Além disso, o
psicólogo deve dar apoio à família e trabalhar junto à equipe de saúde a fim de
encontrarem estratégias para dar um suporte adequado ao paciente no que
concerne a dor e ao sofrimento diante da morte e a melhor maneira de passar por
esse momento. O psicólogo observa e ouve as palavras e o próprio silêncio do
paciente e da família, ajudando-os, a partir disso, a confrontar a doença e
superar as crises relacionadas à morte. Isso consiste em ter uma atenção
integral e um vínculo de confiança entre paciente e psicólogo, proporcionando
uma reorganização do vivenciar da doença, utilizando-se de meios que possam
fortalecer o paciente no processo de seu tratamento, tornando-o participativo.
Contata-se, portanto, que o papel do psicólogo é fundamental no sentido de dar
assistência ao paciente, visando a qualidade de vida e às estratégias de
enfrentamento que possam amenizar o sofrimento ou que fortaleçam o sujeito a
ter uma vida mais adaptada e equilibrada.
*Palavras-chaves: cuidados
paliativos, papel do psicólogo, qualidade de vida.
FONTE: Trabalho apresentado na VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil - FANOR
Fortaleza/Ceará
Data: 04/05/2015
Local: Fanor DeVry Brasil
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