Larissa
Ferreira Nunes (Fanor DeVry Brasil)*
Keyttiane Gomes da Silva (Fanor DeVry Brasil)
Rebeca Cavalcante Fontgalland (Fanor DeVry Brasil)
Rebeca Cavalcante Fontgalland (Fanor DeVry Brasil)
larissafnpsico@gmail.com
Resumo: Dentro da história da
civilização podemos perceber diversas representações sociais do paradigma
saúde/doença. Essas representações são modificadas a partir do tempo histórico,
das práticas culturais e da cultura como um todo, das espiritualidade/religiosidade
e da ciência. Suas definições foram se modificando e após o período do
iluminismo e da ciência pragmática esses conceitos foram reduzidos e
engessados. Essa pesquisa mostra sua relevância ao tratar desse paradigma sem
descartar os aspectos qualitativos da contextualização histórica, discerne a importância da interdisciplinaridade para um
conhecimento mais amplo da sociedade, observando sua cultura, relações
sociais, comportamentos, particularidade, singularidades e
subjetividade. Entendendo a saúde como uma instituição social, fruto das
relações socioculturais intra e intersocial e que ela pode causar bem estar ou
sofrimento ao sujeito. Assim, o objetivo central é mostrar a importância dos
estudos sociológicos e antropológicos para o campo da psicologia da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e com
caráter explicativo. Através dos estudos antropológicos e sociológicos sobre a
saúde e doença compreendemos que esses conceitos foram se construindo dentro do
fenômeno social da sociedade. Nos últimos séculos havia um modelo biomédico
hegemônico e simplista, que compreendia saúde como ausência de doença e
vice-versa. Houve uma mudança no século XXI para uma visão biopsicossocial, em
que a saúde passou a ser considerada como um completo bem-estar físico, mental
e social, como define a Organização Mundial de Saúde (OMS). Percebemos
que os estudos antropológicos sobre homem e sua cultura mostrou um lado
significativo para a construção de uma definição mais ampla sobre saúde e
doença, diminuindo o poder dado à visão biologista, assim como a sociologia da
saúde, que também contribuiu para a construção de uma nova práxis em termos de políticas públicas. Algo significativo
encontrado nessa pesquisa consistiu na importância do estudo da antropologia
médica e da sociologia da saúde para os currículos acadêmicos de diversas áreas
e especializações, garantindo que a visão biomédica se modifique para uma visão
biopsicossocial, apesar de ainda perceber a hegemonia biomédica na prática.
Isso nos remete ao entendimento da necessidade de atualização constante das
diretrizes curriculares das ciências sociais e das ciências da saúde e investir
em pesquisas relacionadas a esse campo, afinal ao longo da história foi
observado como o contexto histórico influencia e modifica a sociedade, por isso
é importante existir pesquisas atualizadas sobre a sociedade e seus fenômenos.
Pensar em saúde e doença é mais do que a ausência de sintomas, envolve todo o
contexto social, cultural, climático, individual, e muitos outros fatores,
tornando mais amplo e mutável o conceito. Percebemos que a definição da OMS se
torna frágil diante do sistema capitalista e de consumo, os novos arranjos
sociais, as diversas formas alimentares influenciadas pela cultura, o excesso
de trabalho e má renumeração e as dificuldades de acesso aos direitos previstos
em Constituição, assim como as práticas de violência verbal, psicológica
naturalizadas em uma cultura machista e burguesa. O sofrimento psíquico é causado, também, por
todos esses fenômenos sociais, e compreender os contextos históricos e mudanças
de paradigmas dentro da saúde é essencial para o saber da psicologia.
Palavras-chaves: Antropologia da saúde. Sociologia da saúde.
Saúde-doença.FONTE: Trabalho apresentado no
III SIMPÓSIO CIENTÍFICO-CULTURAL DE ESTUDOS E PRÁTICAS EM PSICOLOGIA - V SEMANA DE PSICOLOGIA FANOR
ISSN: 2318-1591
Cidade: Fortaleza / Ceará
Local: Faculdades Nordeste |DeVry Brasil
Data: 09/11/2015
Local: Faculdades Nordeste |DeVry Brasil
Data: 09/11/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário