sábado, 9 de abril de 2016

A Escola e a Psicologia da Saúde: as implicações em uma perspectiva transdisciplinar

Yuska Natasha Bezerra Felicio Garcia
Fanor DeVry Brasil

Rebeca Cavalcante Fontgalland
Fanor DeVry Brasil





Resumo: O objetivo deste trabalho consiste em mostrar as implicações existentes entre a psicologia da saúde e a área da educação, pois os dois saberes coexistem em sua prática de atuação. Diante disso, propõe-se articulá-los a fim de proporcionar à população de estudantes ações de promoção, prevenção e atenção à saúde em seus mais diversos aspectos. Para tanto, a metodologia utilizada consistiu em uma revisão narrativa da literatura e uma discussão crítica, visando conhecer o objeto de discussão, favorecendo o desenvolvimento de um possível diálogo. Quando pensamos em implicações, sabemos que existe aí uma interdependência, já que um complementa o outro em seus mais diversos aspectos, essa complementação vertical, na junção dos dois saberes, permite que possamos levar em consideração um olhar para a conhecida “santíssima trindade” escolar: aluno, professor e família. Passa a existir uma observância dos fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e de toda a história de vida destes atores, que afetam o processo de desenvolvimento e aprendizado escolar, levando em consideração a possibilidade de perceber o educando, seus familiares e professores em seus múltiplos contornos, pois o processo educacional perpassa o cuidado com o físico ou com o processo de ensino-aprendizagem, já que outros aspectos podem estar intimamente relacionados com isso, como os fatores de risco e de proteção. A Psicologia da Saúde tem sua atuação voltada para o contexto que o sujeito está inserido, e aplica as técnicas da psicologia na saúde, na doença e no cuidado, e isso também se aplica à área educacional, uma vez que dentro da escola se trabalha com todos os aspectos dos sujeitos, inclusive com a saúde biopsicossocial dos seus protagonistas. Desta maneira a sua praticidade, o seu trabalho com o sujeito se dá dentro do seu ambiente de convivência e de construção de relações, ou de produção de sofrimento e/ou de superação, resiliência, entre outros. Articular esses os temas psicologia da saúde e educação visa muito mais do que especular sobre uma possível atuação, mas visa acima de tudo mostrar uma realidade possível, uma vez que temas relacionados à saúde do sujeito, seja ele físico ou mental, estão intimamente relacionados ao seu desenvolvimento. Isso quer dizer que o processo educacional perpassa o processo saúde-doença. Atualmente, o que é normal e o que é patológico está sendo muito explorado e essa discussão está entrando mais abertamente na área educacional, na medida em que existe uma grande confusão por parte dos educadores e grupo familiar acerca das sintomatologias apresentadas pelos alunos, e uma tendência à psiquiatrização e à psicologização de toda e qualquer “problemática” que surja e que interfira no processo de ensino-aprendizado. A escola age no sentido de ser um espaço de todos e da comunidade, um espaço de convivência que visa o estabelecimento de relações favoráveis entre seus alunos e a comunidade como um todo. Assim, propôs neste trabalho mostrar como esses dois saberes se entrelaçam, permitindo diálogos que possam favorecer a prática do psicólogo dentro do meio educacional como um agente que contribui para favorecer o processo de aprendizado e de saúde, e trabalhar como um dos agentes de promoção da saúde numa perspectiva interdisciplinar, articulando os campos de saber em prol de ampliar as práticas restritivas para uma prática que vise o desenvolvimento da capacidade humana de forma ampliada, considerando todos os atores escolares.
Palavras-chaves: transdisciplinaridade, psicologia da saúde, escola.

FONTE: Trabalho apresentado na  VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil - FANOR
Fortaleza/Ceará
Data: 04/05/2015
Local: Fanor DeVry Brasil

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