Yuska Natasha Bezerra Felicio Garcia
Fanor DeVry Brasil
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Rebeca Cavalcante Fontgalland
Fanor DeVry Brasil
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Resumo: O objetivo deste trabalho consiste em mostrar as
implicações existentes entre a psicologia da saúde e a área da educação, pois
os dois saberes coexistem em sua prática de atuação. Diante disso, propõe-se articulá-los
a fim de proporcionar à população de estudantes ações de promoção, prevenção e
atenção à saúde em seus mais diversos aspectos. Para tanto, a metodologia
utilizada consistiu em uma revisão narrativa da literatura e uma discussão
crítica, visando conhecer o objeto de discussão, favorecendo o desenvolvimento
de um possível diálogo. Quando pensamos em implicações, sabemos que existe aí
uma interdependência, já que um complementa o outro em seus mais diversos
aspectos, essa complementação vertical, na junção dos dois saberes, permite que
possamos levar em consideração um olhar para a conhecida “santíssima trindade”
escolar: aluno, professor e família. Passa a existir uma observância dos
fatores biológicos, psicológicos, sociais, culturais e de toda a história de
vida destes atores, que afetam o processo de desenvolvimento e aprendizado
escolar, levando em consideração a possibilidade de perceber o educando, seus
familiares e professores em seus múltiplos contornos, pois o processo
educacional perpassa o cuidado com o físico ou com o processo de
ensino-aprendizagem, já que outros aspectos podem estar intimamente
relacionados com isso, como os fatores de risco e de proteção. A Psicologia da
Saúde tem sua atuação voltada para o contexto que o sujeito está inserido, e
aplica as técnicas da psicologia na saúde, na doença e no cuidado, e isso
também se aplica à área educacional, uma vez que dentro da escola se trabalha
com todos os aspectos dos sujeitos, inclusive com a saúde biopsicossocial dos seus
protagonistas. Desta maneira a sua praticidade, o seu trabalho com o sujeito se
dá dentro do seu ambiente de convivência e de construção de relações, ou de
produção de sofrimento e/ou de superação, resiliência, entre outros. Articular
esses os temas psicologia da saúde e educação visa muito mais do que especular
sobre uma possível atuação, mas visa acima de tudo mostrar uma realidade
possível, uma vez que temas relacionados à saúde do sujeito, seja ele físico ou
mental, estão intimamente relacionados ao seu desenvolvimento. Isso quer dizer
que o processo educacional perpassa o processo saúde-doença. Atualmente, o que
é normal e o que é patológico está sendo muito explorado e essa discussão está
entrando mais abertamente na área educacional, na medida em que existe uma
grande confusão por parte dos educadores e grupo familiar acerca das
sintomatologias apresentadas pelos alunos, e uma tendência à psiquiatrização e
à psicologização de toda e qualquer “problemática” que surja e que interfira no
processo de ensino-aprendizado. A escola age no sentido de ser um espaço de
todos e da comunidade, um espaço de convivência que visa o estabelecimento de
relações favoráveis entre seus alunos e a comunidade como um todo. Assim, propôs
neste trabalho mostrar como esses dois saberes se entrelaçam, permitindo
diálogos que possam favorecer a prática do psicólogo dentro do meio educacional
como um agente que contribui para favorecer o processo de aprendizado e de
saúde, e trabalhar como um dos agentes de promoção da saúde numa perspectiva
interdisciplinar, articulando os campos de saber em prol de ampliar as práticas
restritivas para uma prática que vise o desenvolvimento da capacidade humana de
forma ampliada, considerando todos os atores escolares.
Palavras-chaves: transdisciplinaridade,
psicologia da saúde, escola.
FONTE: Trabalho apresentado na VI Mostra de Pesquisa em Ciência e Tecnologia DeVry Brasil - FANOR
Fortaleza/Ceará
Data: 04/05/2015
Local: Fanor DeVry Brasil
Fortaleza/Ceará
Data: 04/05/2015
Local: Fanor DeVry Brasil
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